Quando ganhamos nosso dinheiro, pagamos todas nossas contas e sobra algum valor, surge a pergunta, o que vou fazer? Esse dinheiro que, até o momento, está sem destino, pode ser fruto do seu trabalho, de uma doação que te fizeram ou até da sorte de ganhar na loteria.
A depender da origem, esse valor pode ser muito grande ou pequeno. Mesmo quando pequeno, como diz o ditado, de grão em grão a galinha enche o papo, ou seja, o pouco em um mês, se ocorrer frequentemente, pode se tornar muito.
Em todos esses cenários, há a mesma situação: recursos excedentes e a pergunta no final, o que vou fazer?
Para algumas pessoas, essa pergunta surge e desaparece quase no mesmo instante, pois, para essas pessoas, que vamos chamar de Sr. Consumidor, o recurso excedente já é destinado para satisfazer um ímpeto consumista. Ás vezes, o dinheiro é para satisfazer uma necessidade que antes não se tinha condições de arcar. Mas se for essa a situação (de satisfazer uma verdadeira necessidade), não se trata da sobra de dinheiro.
Quando falamos em “sobra” ou “excesso”, pressupõe-se que as necessidades do cotidiano já foram satisfeitas.
Havendo a sobra, o Sr. Consumidor compra um produto de luxo, arca com a despesa para passear com os amigos. Se for um dinheiro relevante, o Sr. Consumidor troca de carro , mesmo que seu atual veículo esteja satisfatório.
Se compra uma bolsa ou relógio, depois precisa comprar a roupa que combine com esse acessório. Estando de roupa e relógio novos, depois precisa visitar um restaurante requintado. Quem sabe passar a noite em um hotel de luxo também? Se compra o carro, depois precisa comprar a roupas e acessórios que combinem com esse veículo. Se o carro despertas olhares, pode ser que valha a pena alugar ou compra um casa em outro bairro, cujos vizinhos também tenham carros desejáveis.
Pode ser que o dinheiro que sobrou tenha sido suficiente para arcar com os primeiros custos, mas depois, conforme surgiram outros gastos, foi necessário se endividar.
Essa sequencia de fato representa bem o que um dinheiro extra pode causar na mão de um Sr. Consumidor. Ele transforma o excesso em dívida futura.
Por outro lado, o S. Investidor que, ao passar pela mesma situação (existir um dinheiro extra), decidi tomar outra atitude. Ele decide usar esse recurso excedente para gerar mais dinheiro excedente, e não para satisfazer desejos . É o que comumente chamamos de fazer o dinheiro trabalhar para você.
O Sr. Investidor encontra uma oportunidade de investimento em que, aplicando esse recurso excedente, mais recursos sejam gerados. Com essa atitude, o resultado do Sr. Investidor será bem diferente do Sr. Consumidor.
Para o Sr. Investidor, o dinheiro excedente hoje, vai gerar no futuro, mais dinheiro excedente. E assim sucessivamente, gerando o efeito juros sobre juros, ou bola de neve. Já o Sr. Consumidor, o dinheiro excedente hoje, vai gerar a satisfação de uma vontade especifica ou, muito provavelmente, o endividamento futuro.
O livro Pai Rico, Pai Pobre, de Robert T. Kiyosaki traz o mesma tema.
Segundo esse clássico dos investimentos, quando temos recursos excedentes, podemos comprar “Ativos” ou “Passivos”.
O Sr. Consumidor compra Passivos. Ou seja, ele compra coisas que drenam seus recursos. Se compra um carro, esse carro se desvaloriza durante o tempo, além de todos os custos para manutenção desse carro. Se compra uma casa no bairro mais chique, a casa pode até valorizar com o tempo, mas nem sempre essa valorização supera a inflação. Além disso, ao compra a casa, o Sr. Consumidor vai querer novos móveis, vai pagar o IPTU mais caro e etc.
Por outro lado, o Sr. Investidor compra Ativos. Ou seja, ele usa o dinheiro excedente para compra coisas que gerem mais recursos. Ele pode até comprar uma casa, mas esse imóvel será alugado, gerando, portanto, receita e não despesa. Ele pode emprestar para alguém confiável, gerando o pagamento de juros. Se ele tiver um pouco de instrução, ele pode emprestar para um banco (comprando um CDB), e, assim, receber juros também.
O livro ilustra muito bem essa diferença entre Ativo e Passivo. O que faz as pessoas mudarem de vida é quando elas entendem essa diferença e passar a ter como objetivo a aquisição de Ativos.
é claro que ninguém está falando para apenas comprar Ativos. Se você quer ser o Sr. Investidor, você pode calibrar a distribuição do recurso excedente. Uma parte você compra algo que te satisfaça (vou chamar de “presente”) e o restante (maior parte), você aplica em algo que seja Ativo.
O importante é que o importante não seja um gerador de Passivo. Não compre algo que vai te gerar despesa. Exemplo: uma viagem, gera um custo naquele momento e depois não gera mais custos. Um relógio/bolsa/roupa, como regra, também não geram despesas.
A moral da história é: aproveite as oportunidades que surgem na sua vida!
Se você quer um futuro em que o dinheiro sobra, você precisa saber o que fazer com o dinheiro que sobra agora. Quando for gastar dinheiro, pense: estou comprando um Passivo ou um Ativo.
É algo simples, mas se você fizer esse exercício, acredite, vai escolher mais Ativos do que passivo.
É importante sempre ressaltar: tudo na vida exige equilíbrio. Se quiser ser o Sr. Investidor, não precisa ser uma pessoa radical. Você pode se presentear. Não há problema em diversificar o dinheiro que sobra. Uma parte para se presentear e outra (a maior, de preferência), para compra de Ativos. Só tenha cuidado com o presente! Evite “presente grego”, ou seja, presente que, no final das contas, apresenta surpresas e gera despesas no futuro.
Se você quer ser o Sr. Investidor, tenha sabedoria e equilíbrio. Comece com pequenas atitudes e você verá o efeito bola de neve no futuro.
E claro, a vida é feita de escolhas. Se você quiser ser o Sr. Consumidor, também não há problema. Só não se esqueça que “não há almoço grátis”. Se comprar Passivos, vai ter quer pagar esse conta lá na frente.
Se quiser entende entender mais sobre as opções de Ativos, sugiro que visite mais nosso site. Aqui, te ajudamos a entender sobre o universo dos investimentos.
Se quiser entender mais sobre a importância dos Passivos e Ativos na construção do patrimônio, recomendo a leitura do livro Pai Rico, Pai Pobre. Esse livro mudou a maneira como vejo a vida, e pode mudar a sua também…
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